sexta-feira, 28 de junho de 2013
José Junqueiro
Ao contrário do Indo Eu, não encontro aqui um pingo de demagogia. Já ao nível do sound bite, estamos num registo estratosférico.
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Da Tribuna (Jornal do Centro)
1.
Medalhas que não se usam ao peito: Caro leitor confesso que tenho um
sonho recorrente. Este sonho começa invariavelmente numa manhã de nevoeiro. Eu
durmo profundamente até que por volta das 11h, segundo o relógio de cuco, a
campainha começa a tocar freneticamente. Passam cinco minutos, eu rebolo para a
esquerda, rebolo para a direita, passam dez minutos e acordo do meu sono de
beleza. Visto o robe, calço os chinelos, faço sinal ao mordomo para servir um
Gin Tónico, dou uma vista de olhos no pasquim local, a campainha teima em não
dar tréguas. Com a calma natural aos cavalheiros acendo o cachimbo, desço a
longa escadaria em mármore rosa, ao fundo o valete abre a porta. Do outro lado,
dou de caras com um Lord inglês, gente de classe, que me vem condecorar por
serviços (indefinidos) prestados à pátria. Coisa de gente graúda! Não há tempo
a perder, a cerimónia é realizada ali mesmo no jardim, em frente ao cão, entre
o instrutor de equitação e as pirâmides que mandei vir do Egipto, no público
conto uma centena de súbditos. Ouvem-se 12 salvas de canhão, na povoação mais
próxima inicia-se a festa, 24 hora de decadência pós-moderna, com uma caça à
raposa pelo meio. No fim da cerimónia passo o devido cheque, coisa de pouca
monta, algo na ordem das 3.800 libras. Termina o sonho, de volta à realidade. Quem
tem ideias napoleónicas, mesmo que não frequente um psicanalista, pode ser
autarca não deve é usar dinheiros públicos para realizar sonhos privados. Resta
aguardar que toda a polémica, em torno do prémio de “Melhor Cidade” e “Melhor
Autarca”, não passe da vergonha provinciana de ser um mero lapso de tradução e
não um excesso napoleónico de fim de mandato.
2.
Democracia é coisa de cavalheiros: As duas últimas semanas trouxeram o
sal que faltava a uma cidade em claro défice de agitação. Para esta subida de
temperatura política em muito contribuiu o facto de ter sido recusada, ao
CDS-PP, a possibilidade de apresentar a candidatura de Hélder Amaral no Solar do
Dão. Se por um lado a CRVD, entidade gestora do espaço, acedeu ao pedido
centrista, por outro lado, a autarquia, decidida a ganhar a causa na secretaria,
pela mão de Américo Nunes recusou a cedência do espaço. É este o erro original que
desencadeia toda esta celeuma. Hélder Amaral, sem Sun Tzu à mão, optou pela
bomba atómica, ao escolher o Rossio para a apresentação. A entretanto desejada
Praça da República é recusada pela autarquia e a respectiva queixa centrista
seguiu para a Comissão Nacional de Eleições. Neste momento, entra em jogo a
teoria do interesse mútuo [vai daqui um abraço ao Kissinger], a candidatura de
José Junqueiro, plena de oportunidade, endossou o seu apoio às pretensões do
Partido Popular; seguida de perto pelo Bloco de Esquerda; e o eterno
contestatário PCP junta a voz ao coro de protestos; de Almeida Henriques apenas
se ouviu um “Ninguém pode colocar-se acima da lei nem reclamar um estatuto de
excepção.” (!?). Finalmente, a decisão da comissão nacional de eleições dá voto
favorável aos centristas e a partir daí as portas do Rossio, a Praça Tahir da democracia-cristã
local, ficam abertas a qualquer tipo de acção partidária. Se numa primeira instância
os vencedores desta contenda foram Hélder Amaral e a vida democrática, com o
direito de reunião em espaços públicos a ser salvaguardado, numa segunda
instância os derrotados são a autarquia, em toda a linha; a candidatura de
Almeida Henriques, que pressionada faz um comunicado totalmente despropositado;
e de novo o espaço público, pois tendo sido aberta a caixa de Pandora…
3.
Programas Eleitorais: Como o povo bem sabe, os programas
eleitorais não são escritos para serem lidos. Regra geral são documentos
extensos, escritos por gente maquiavélica, num português indecifrável. O que
acaba por não ser mau visto que o seu destino é serem ignorados no pós-eleições.
Como as eleições que se avizinham encerram a hipótese de uma mudança real,
todos nós devíamos fazer o esforço de conhecer os programas apresentados.
Claro, aqueles que relegam a cultura para as páginas dos fundos estão
automaticamente excluídos de qualquer tentativa de leitura.
In: Jornal do Centro
quarta-feira, 26 de junho de 2013
Agora digam que é só dizer mal III
Um polidesportivo será sempre pouco. Ruas merece uma Avenida, isso sim seria fofinho.
Agora digam que é só dizer mal II
Quando eu fosse grande queria ser como o Celidónio dos Santos, queria mesmo; mas depois lembro-me do Cerveira Lobo e acho ainda mais fofinho.
terça-feira, 25 de junho de 2013
sexta-feira, 21 de junho de 2013
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Vanity Awards
Depois
disto “EBA’s activities are not a scam and are completely legit – they give people what they pay for” só tenho uma dúvida. A quanto está a Lap Dance em Montreaux?
Os Pilaretes da Democracia
No próximo Sábado, em greve de zelo à democracia, a autarquia decidiu não baixar os pilaretes.
terça-feira, 18 de junho de 2013
sexta-feira, 14 de junho de 2013
Cara Ana Paula
Simpática Ana Paula Santana, por dois simples motivos, devia ter aceite o meu convite [ver ponto 3]. Em primeiro lugar, de uma vez por todas percebia a diferença entre uma Feira do Livro e um ajuntamento de livros; em segundo lugar, e oferta da casa, durante a viagem tinha direito a um curso de introdução à música moderna.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Da Tribuna
1. O
Senhora da Beira do Senhora da Beira: Escrever sobre amigos é sempre
complicado. Complicado na medida em que por vezes a amizade tolda o sentido
crítico. Em todas as áreas da nossa vida, e bem, somos mais brandos com os
amigos do que com desconhecidos. A minha relação com o Fernando Figueiredo
cresceu por isso mesmo, pela crítica como meio de melhorar. Por isso sinto-me
totalmente à vontade para fazer a análise à sua candidatura sabendo que a vida
continua. O Fernando dispensa apresentações, a sua carreira militar é o seu
melhor cartão-de-visita. Conheci-o através do seu blog, da sua escrita
contundente e directa. Até posso nem sempre concordar na forma ou no conteúdo,
mas para quem vive fora de Viseu, o Senhora da Beira, é órgão de informação
mais completo sobre a vida na cidade. Foi muitas vezes através do referido blog
que casos relevantes chegaram ao conhecimento do público. Até aqui, já torci um
ou outro nariz, mas tudo bem. Chegamos a 2013 e o Fernando decide liderar a
lista do CDS à Assembleia Municipal, se por um lado é saudável a participação
de caras novas na vida política, por outro lado muitas reservas se levantam.
Facto que só prova a esquizofrenia em que vivemos. A minha visão, como sempre,
é pessimista. Nunca aconselhei um amigo a entrar na política, antes pelo
contrário, aos que estão dispostos a dar o último passo aconselho uma visita
prévia ao psicoterapeuta. O Fernando, apesar do seu passado profissional, vai
durante algum tempo carregar o “Síndrome Galamba”, o tipo que na blogosfera
manda uns bitaites, caros amigos a Teria Geral da Blogosfera é simplesmente
mandar bitaites, e que em consequência disso chega a um cargo público. Cabe a
ele provar que estamos errados. A tarefa do Fernando, de tão complicada, é
simples. Ele tem de nos provar que consegue fazer mais e melhor do que os seus
parceiros, que tem uma visão positiva para a cidade [a afirmação pela negativa
é sempre mais fácil], que consegue trazer ar-fresco para o debate, que aceita o
contraditório e claro, nunca por nunca, apagar o que escreveu sobre a cidade
assumindo o que foi dito. Até lá, o que mudou irremediavelmente foi a forma
como os leitores entendem o Viseu Senhora da Beira, o que não é uma perda
ligeira para esta cidade. A exigência sobre o Fernando, por todo o seu percurso
e participação cívica, será necessariamente maior e dificilmente lhe será
perdoado que seja apenas mais um nome numa lista.
2. Yin-Yang: De acordo com a Wiki: “Yin-Yang são
dois conceitos do taoísmo, que expõem a dualidade de tudo o que existe no
universo...”. Caros amigos, não é preciso recorrer à tradição filosófica
chinesa para perceber este conceito básico da política. A dupla José Junqueiro
- Almeida Henriques fazem o favor de o explicar convenientemente. José
Junqueiro, ex-Secretário de Estado de Sócrates, tudo faz para colar Almeida
Henriques à actual governação. O candidato socialista não diz nada sem ser um
eterno “a culpa é vossa”. Almeida Henriques, ex-Secretário de Estado de Passos,
nada mais faz do que tentar descolar-se da actual governação. Nesta campanha
não há laranja, não há símbolo, não há PSD. Se o mundo necessitava de maior prova que a tradição filosófica e religiosa chinesa é acertada, bastava vi(r)ver Viseu.
3. Meia
dúzia de expositores não fazem uma Feira: No último fim-de-semana fui à Feira do Livro. Não haverá
nenhuma hipérbole em classificar a minha presença, na referida feira, como uma:
Visita-Relâmpago. E não caio em exageros linguísticos simplesmente pela falta
de diversidade em que a feira sobrevive. O dia, tal como o semblante das poucas
pessoas com que me cruzei no parque, estava cinzento. Os expositores eram
poucos, a diversidade da oferta era reduzida, não estavam presentes autores e
qualquer tipo de conferência ou debate sobre literatura era uma miragem.
Lembrei-me de ir visitar a Feira do Livro de Lisboa, ainda devo conseguir uma
boa mão cheia de livros. Será que a Drª Ana Paula Santana aceita boleia?
In: Jornal do Centro
terça-feira, 11 de junho de 2013
Questões Fracturantes
Antes das eleições, queria mesmo saber quais são os cinco álbuns, os cinco livros, os cinco filmes e os cinco locais de diversão preferidos dos candidatos. É que não estou com vontadinha nenhuma de votar em gente aborrecida.
segunda-feira, 10 de junho de 2013
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Sobre o Fernando
Muitas vezes não concordo com o Fernando, desde logo, ele gosta parágrafos longos e eu gosto deles curtos. Reconheço-lhe o amor à cidade e a capacidade de trabalho, mas não estou certo das vantagens da sua candidatura. Quanto ao meu voto, venham as propostas já que o branco é garantido. Ah claro, importa ler: Aqui, aqui e Aqui.
quarta-feira, 5 de junho de 2013
terça-feira, 4 de junho de 2013
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Sondagens
Eleições sem sondagens são mais aborrecidas que cinema sem pipocas. Esta até nem correu mal para ninguém. O PSD ganha [uma bica curta, não deixa de ser uma bica]; Junqueiro mostra a Ginestal que mais é possível; Hélder [que à data da sondagem não era candidato] fica com uma oportunidade para brilhar, no partido tradicionalmente mais subvalorizado em estudos do género.
sábado, 1 de junho de 2013
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