quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
O software não engana
A primeira frase em língua bárbara, prova que Guilherme sabe citar. Está afastada a ideia de plágio.
Marca Viseu, Candidato 2.0, Funicular (JdC)
1. Viseu Marca: Nas últimas semanas foi lançado o
desafio para se criar uma marca que represente e promova a identidade de Viseu.
A resposta mais ajuizada a este pedido muito pós-moderno, surgiu através das
palavras de Dalila Rodrigues: "A
ideia de reduzir um lugar à expressão de uma marca parece corresponder, desde
logo, a um exercício de negação da diversidade e das possibilidades desse lugar".
Não podia estar mais de acordo. O valor intrínseco de cada local afirma-se
constantemente na sua diversidade, na sua capacidade de gerar uma ampla gama de
representações simbólicas e pelas infinitas oportunidades que, esse local, nos
proporciona. Ao catalogar ou reduzir a cidade a um logotipo e/ou a uma
referência, corremos o risco de estreitar as suas fronteiras limitando assim o
seu potencial. A melhor marca Viseu é ela mesmo, Viseu e as suas gentes. A
notoriedade da marca Viseu será o que dela, os eleitores, quiserem fazer no
próximo mês de Outubro. "Vender" cidades não é comparável a vender
gelados. Não desejo viver dentro das fronteiras da marca Viseu, tal como o
Perna de pau vive na marca Olá. Opto por viver numa cidade que marca. Todo
este texto serve para deixar um aviso: caros amigos, não há maior risco de que
se transformar um local num cliché de si próprio.
2. Candidatos de Vinil: Em época de crise, fruir de
uma tarde de ócio sem me cruzar com política não é tarefa fácil. O leitor não
acredita? Sem necessidade de passar recibo, adianto a explicação. Num destes
Sábados, avancei confiante rumo ao café mais próximo de casa, já comodamente
sentado, com jornais a ocuparem a mesa, ouço alguém lançar um definitivo:
"Na política é vira o disco e toca o
mesmo". De repente, sinos tocam na minha cabeça, lanço um olhar de
contestação e comento com os meus botões: “Este
cavalheiro não conhecerá Obama? Nunca ouviu falar de Boris Johnson?”
Rapidamente compreendo o que me separa do orador. Além de 4 mesas, o que nos
separa é o suporte musical. Deixei o leitor confuso? Passo a esclarecer.
O supracitado cidadão será da geração de 50, logo cresceu a ouvir música
em vinil. No seu tempo, a música ouvia-se no lado A e lado B, sendo que não
raras vezes, por erros na gravação, o que se ouvia no lado B era uma repetição
do lado A. A política, de então, aproveitou a moda e "virar o disco e
tocar o mesmo" passou a ser prática comum. Esse modo de viver a política
chegou aos dias de hoje, encontrar divergências de fundo entre o PS e o PSD
tornou-se tarefa apenas acessível aos mais atentos monges enciclopedistas.
Entretanto, a minha geração cresceu num mundo em constante mutação, do CD para
o MP3 até ao Itunes. A nossa experiência musical começa ao ouvir o single de
avanço, caso a amostra satisfaça o gosto, partimos em busca do restante álbum,
sendo que apenas se guardam as músicas que fazem abanar a cabeça; se não agrada
damos uso à tecla delete assunto encerrado, venha o próximo artista. Já a
política, do ponto de vista do novo receptor, também passa por uma análise
crítica constante ao que é dito e ao que é feito. Conteúdo e forma sobre
análise constante, sem piedade na análise ou simpatia na escolha final. O mundo
evoluiu, a carteira começou a queixar-se, a consciência deu sinais de vida, as
novas gerações são mais esclarecidas. Nas próximas eleições autárquicas,
é expectável que as candidaturas entendam essa mudança, mas também
devem ter em conta que uma significativa parte do eleitorado, que votará em
2013, ainda não tinha idade para votar, ou não era nascido, em 1989. Poderá ser
wishful thinking, mas tal como o vinil é uma recordação do passado, procurada
apenas por coleccionadores, o caciquismo e o ruísmo em breve serão artigos de
coleccionador. Políticas de vinil não seduzem a geração 2.0.
3. Política
de Transportes: Confesso que sinto uma certa curiosidade em saber que
propostas nos vão ser apresentadas pelos candidatos autárquicos, de modo a
resolver o “Problema Funicular”. Recapitulemos, este meio de transporte sem
custo para o utilizador, considerado “A obra do regime”, custou aos
contribuintes perto de 5, 2 milhões de euros. Apesar da sua taxa de utilização
reduzida, abaixo dos 15%, os mesmos contribuintes que o pagaram continuam,
todos os anos, a financiar o seu funcionamento e manutenção num valor
provavelmente superior à centena de milhar de euros. Pensar numa privatização
será absurdo, se entendermos estes números de exploração como desastrosos e a
taxa de utilização como ridícula. Além do buraco financeiro, o funicular teve a
capacidade de se transformar num estorvo para a organização da Feira de S.
Mateus, pois é causa de diversos constrangimentos à circulação naquele espaço.
Qualquer candidatura que se queira afirmar como alternativa séria
terá de apresentar uma resposta credível para este problema. Vão
optar por ignorar o elefante na sala da vereação dos transportes?
In: Jornal Centro
In: Jornal Centro
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Pequeno Mundo
"Nu que queres tu
Senão estar roto?
Senão estar roto?
Um mal menor é muito.
...
Nu, que aceitas tu?
Só o acessório.
Trajar-te é esforço inglório.
Trajar-te é esforço inglório.
...
Nu, que número és tu?
Sempre um acima,
A ti nem serve a estima."
Sempre um acima,
A ti nem serve a estima."
Café com
Dia 02 de Março, a JS leva a cabo mais um cafe com... Assegurada a presença de Joaquim Alexandre Rodrigues a aposta já está ganha. Não se deixem enganar pela gravata, tanto a elevação intelectual como o bom gosto, presentes no Olho de Gato, estão garantidos.
PS: Os dois senhores à esquerda na foto, também comparecem.
O Dias da Cunha da Academia
Pedro Osório vem de fora, é o anti-herói por excelência, um tipo fora do sistema. Não ir a votos, para o conselho do IPV, porque a comissão eleitoral responsável pelo processo administrativo chumbou a lista, é de homem. Afinal de contas, Osório é dos nossos.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Guilherme, Guilherme
A questão da tese plagiada que se resolva entre o IGEC e o Ministério Público. O que me preocupa é a ligeireza do conteúdo, ali não há uma ideia digna de distinção. Não espero grande reacção da parte do PSD, afinal de contas a miséria intelectual é contagiosa. Ser governando por quem não ultrapassa a mediocridade não augura bom futuro, isso é o que me aflige.
De Tondela
Hoje saiu o novo de Úria. E porque devemos ouvir Úria? Porque não temos país para o tamanho de Úria. E a malta de Tondela será sempre bem recebida em Viseu.
domingo, 24 de fevereiro de 2013
Retaguarda cultural
Simpática Ana Paula Santana,
Sei que é difícil acompanhar o ritmo frenético da pós-modernidade. Acontece imensa coisa ao mesmo tempo, nem sempre é fácil separar o trigo do joio e, no meio do turbilhão, conseguir uma programação cultural equilibrada pode ser complicado. Não espero que, em fim de mandato, adira à vanguarda, mas não é necessário ir tanto à retaguarda.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Vem nos gregos
O hedonismo filosófico moderno parte de uma concepção alargada de prazer, ou seja, da felicidade para o maior número de pessoas. Em linguagem comum, acessível a qualquer jota, designa a atitude egoísta de uma vida voltada para a busca de prazeres momentâneos. Só me resta agradecer à menina Leandra Cordeiro, por este orgásmico prazer.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Jornal do Centro
Nesta edição, o Jornal do Centro, apresenta três excelentes artigos sobre a realidade local. A não perder o editorial do Paulo Neto, a testosterona do Fernando e o martelo do Alexandre.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
A Tribuna do Leitor
"(...)Relativamente à Urbanização Aguieira 2000, na freguesia de S. José. Após a última queixa que deixei neste espaço, de facto a C.M.V enviou uma equipa de calceteiros para resolver o problema dos passeios, mas continua tudo na mesma. A equipa apenas arranjou o que estava na foto, deixando as restantes tampas de saneamento e restante equipamento "levantado". Em todo o restante passeio há buracos, pedras levantadas, pedras em falta, ervas daninhas, raízes de árvores, e arvores a ocuparem todo o espaço disponível. Facto que obriga a população a optar pela estrada e limita a mobilidade de pessoas em cadeira de rodas e das mães que trazem os filhos para o infantário em carrinhos. Uma situação própria de uma cidade terceiro-mundista. Mais uma mancha na melhor cidade para viver. Relativamente à linha 22 da S.T.U.V, quanto tempo será necessário para levarem o terminal da Aguieira até à nova escola? Será necessário as crianças e pais apanharem mais uns dias de chuva ou o calor do Verão, para perceberem que é a melhor solução? Até do ponto de vista económico compensaria, pois a linha ficaria próxima do bairro de Stº Estevão(...)"
Leitor devidamente identificado
Leitor devidamente identificado
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Viseu Marca
A dona Dalila resolveu o assunto: "A ideia de reduzir um lugar à expressão de uma marca
parece corresponder, desde logo, a um exercício de negação da diversidade e das
possibilidades desse lugar". No geral, partilho a opinião do Gabriel. Agora, o que interessa é saber quando é que a comissão nomeia um comité para definitivamente enterrar o tema.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
O Diabo aparece
O gabinete de comunicação e imagem de Américo está quase, quase, preparado. Só falta enxofre para polvilhar os discursos. Em bom português, está quaise!
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Clássico instantâneo
"Amor é: deslumbrar-me com os lindos adereços que tu trazes...
...em vermelho, em branco, em verde, em roxo e também rosa...
...e cuidar que só tu é que sabes mesmo orientar uma festa das cores..."
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Dia de S. Valentim II
Nisto do amor, nada como ser fraco seis dias por semana para ter o descanso dos justos no dia do Senhor.
O Candidato, Mandatos, Ruísmo [JdC]
1. O meu candidato: Um homem precisa de heróis, são eles
que nos permitem acreditar que algum tipo de ordem prevalecerá sobre o caos
institucionalizado. Em 1994, já nenhum dos meus heróis fazia parte do mundo dos
vivos. Entrar na adolescência sobre os escombros dos epitáfios de figuras
motivadoras é garantir que chegaremos à vida adulta com um pé atrás em relação
à capacidade redentora da sociedade. Em termos políticos, nunca tive heróis
contemporâneos. Era novo demais para o cavaquismo, adolescente demais para o
guterrismo, não passar de um longo bocejo; não puxei do lenço branco quando
Barroso foi para a velha Europa e, em abono da verdade, sempre preferi
Xenofonte a Sócrates. Serve esta introdução para reforçar a ideia de que, tal
como a grande maioria do povo, nunca embarquei em grandes manifestações de júbilo
pré ou pós eleitoral. No decurso dos anos o homem comum perdeu a fé na
política. No início deste século, Barack Obama veio restabelecer algum do encanto
perdido, mas quem vos escreve é, no máximo, um obamista moderado. Sendo uma
criatura que se revê no modo de vida europeu, não embarco em messianismos
norte-americanos. Se há algum político, ainda com a capacidade de respirar, que
me capta a atenção é um autarca. Não meus caros, não é o bom e velho Dr. Ruas,
mas sim o mayor de Londres Boris Johnson. O que tem de atractivo esta figura
politicamente incorrecta? Qualquer político que defende que a U.E faria melhor
em promover o ensino do latim em vez de apostar na política agrícola comum,
merece todo o meu respeito. Resumindo, Boris é quase tudo aquilo que eu espero
encontrar no futuro autarca de Viseu. Johnson é um político com um background
cultural acima da média -Tory, formado em Oxford, ex-editor da The Spectactor e ex-ministro sombra para
as artes e educação-, com ideias arrumadas e prosa irrepreensível, é capaz de
defender com agudeza de espírito aquilo em que acredita mesmo contra a opinião
generalizada, sendo acima de tudo uma pessoa que vive e ama a cidade da sua
vida. Em 2011, Johnson lançou uma obra dedicada à sua Londres: “Johnson´s life of London”. Esta obra, um
conjunto de pequenas biografias, é a celebração do génio de grandes personagens
londrinas que contribuíram para construir a cidade e o mundo. Em Boris, a ideia
de Pólis, assenta na necessidade da urbe ser um sítio óptimo para viver. Reconhece
a importância de envolver a comunidade e do mecenato, cabendo ao
estado/autarquia garantir que investimento público é reprodutivo – apostando na
construção de vias de acesso, com especial incidência na conectividade via caminhos
ferroviários e restantes infra-estruturas de apoio adequadas à nova economia-,
a cidade deve ter o empreendedorismo suficiente para acolher, reinventar e
exportar ideias. O elemento nuclear para a vida urbana passa por mais e melhor
educação -ensino superior de qualidade-, cuidados de saúde, variada oferta cultural,
aposta em espaços verdes e ambiente, criação de emprego e elevados índices de competitividade.
Segundo Boris, o factor que transforma uma cidade num local de excelência é a
pura competição, o reactor nuclear para uma vida urbana efervescente é a
capacidade de atrair para o mesmo local pessoas talentosas em competição
directa, só assim surge o “génio”. Em Viseu, faltam políticos que adoptem esta
dimensão para tirar o municipalismo, tão caro a Herculano, do esgoto da baixa
política em que entre nós caiu, falta uma candidatura que entenda a necessidade
de mudança na narrativa política e urbana de Viseu, falta abraçar o século XXI.
2. Limitação de mandatos: Fernando Ruas tem razão, a lei de
limitação de mandatos é coxa. Esta lei deveria ser alargada a todos os cargos públicos
ocupados através de eleição universal. Todos sem excepção deveriam ter
mandatos, de 5 anos, limitados a uma re-eleição por cargo. A limitação imposta
a Ruas&companhia não é injustiça, é apenas justiça por defeito.
3. Ruísmo: Numa tentativa de aproximação
enciclopedista poderemos balizar o Ruísmo como: Um fenómeno autárquico, mais
concretamente o período em que o poder político, em Viseu, foi exercido por
Fernando Ruas. Não pode ser considerado uma teoria política, uma vez que não
articula de forma lógica ou sistemática conceitos ou princípios ideológicos. O
Ruísmo segue o vetusto modelo de desenvolvimento autárquico em voga nos anos 90,
nomeadamente o incentivo ao associativismo, como garantia de recolha de apoios
na sociedade civil, e a atracção pelo betão, como garantia de perpetuação do regime no corpo da cidade, sendo a rotunda ajardinada o exemplo paradigmático. Estando
delimitado regionalmente, apresenta diversas características em comum com o
Putinismo, tal como a indigitação de um substituto que lhe possibilite uma re-candidatura
em 2017.
In: Jornal do Centro
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Sossego
Na ressaca do carnaval passei o dia a invejar a sorte futura de Bento XVI. Estar em sossego, ter tempo para livros, revistas, jornais, alguma música e o pouco cinema que ainda vale a pena.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
domingo, 10 de fevereiro de 2013
sábado, 9 de fevereiro de 2013
Business as usual
“On Jubilee street there was a girl named Bee
She had a history, but no past
When they shut her down the Russians moved in
Now I am to scared to even walk on past
(…)
The problem
was she had a little black book
And my name was written on every page”
And my name was written on every page”
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
Sondagens
Na sondagem das redes sociais um não-candidato lidera, no segundo lugar destacado segue José Junqueiro.
De novo plágio
Vem isto e isto a propósito disto. Pessoalmente não me causa transtorno se o cavalheiro X fez plágio da senhora Y. Sabendo que existem regras claras que delimitam as fronteiras entre plágio e citação, este é um caso de justiça, as autoridades competentes que decidam o que fazer. Neste tema o debate deve ser recentrado, a pergunta inicial deve ser: Como sociedade estamos dispostos a continuar a ser governados por tanta mediocridade? Notem que não limito esta reflexão ao mero valor intelectual da tese.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Aguieira 2000
Segundo um leitor atento, nos esburacados passeios de um bairro da melhor cidade para viver, descansam as pedras que serão lançadas na intifada eleitoral do próximo Outono. Sr. Américo, até lá, prolongue a linha 22, uns 200 metros, até à E.B.1, porque as crianças e seus pais não têm de continuar a ser mártires destes passeios.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Investimento de Mestre
É desonesto, da parte do Viseu Senhora da Beira, criticar este bom investimento público. Toda a cidade sabe que o funicular tem uma taxa de utilização a rondar os 100%, as bicicletas vêem colmatar a falta de lugares disponíveis, reduzindo assim o tempo de espera dos utentes. Não é preciso ser Mestre em Marketing das cidades, para se perceber o retorno imediato que este providencial investimento terá.
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